TVI: Camões, Pessoa, Nobre e Régio na Casa dos Segredos

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Camões, Pessoa, Nobre e Régio na Casa dos Segredos

Camões, Pessoa, Nobre e Régio na Casa dos Segredos«Vaidade meu amor, tudo vaidade», de António Nobre. Miguel é o primeiro a ir ao púlpito, embora muito rígido, quem sabe ainda com a vassoura engolida na Missão das sevilhanas do outro dia. Engasgando-se cada vez mais e tropeçando curiosamente na palavra 'vaidade', Miguel confessou estar com 'uma branca' e cedeu a vez ao seguinte concorrente, Marco. «O importante não é saber de cor, é saber dizer», anunciou a Voz, indicando que podiam socorrer-se da cábula. Marco não precisou dessa ajuda e declamou, sem enganos, «O Infante», que pertence à 'Mensagem' de Fernando Pessoa, com gestos teatrais e sobrancelhas bem levantadas. Chegou a vez de Daniela S., sem enganos também mas pouco confiante na sua prestação de «Mar Portuguez», de Fernando Pessoa. Cátia é a senhora que se segue, «Quando eu nasci, ficou tudo como estava», um poema de José Régio, e pergunta se pode andar de um lado para o outro. Vai-se enganando até se rir. Perante os incentivos de Marco e Daniela S., Cátia tenta de novo, declamando para a psicóloga. Vai muito bem até novo tropeção. Daniela S. senta-se e pede à auxiliar de acção médica que declame para o menir 'e faça um brilharete'. Mais alguns enganos, até que finalmente acerta. Regressa Miguel, saindo-se melhor. João J. é 'O guardador de rebanhos', de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa, com alguns enganos mas muita candura. A Fanny calha-lhe «O amor é fogo que arde sem se ver» de Luiz de Camões, muito atropelado e pausado. A sessão de poesia termina com João M., com palavras de Fernando Pessoa em 'O Menino de Sua Mãe', articulado e esforçado, com sentimento. Daniela S. pede para repetir e na interpretação mais sentida da tarde consegue criar ambiente poético na Sala. Miguel não quer ficar atrás e, mais uma vez, declama, de forma exagerada e sempre a espreitar a cábula. JJ e Cátia tomam-lhe o gosto de vão de novo ao centro. Depois de muitas tentativas e erros, a auxiliar de acção médica consegue fazer o esperado 'brilharete' e arranca aplausos a todos!

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